quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Viagens&Lugares | Talasnal (Aldeia do Xisto) & Lousã

Este verão tive um mês inteirinho de férias (eu prefiro as férias repartidas mas não me deram opção de escolha!) e, por isso, tive a sensação que o verão durou uma eternidade. Fiz imensa coisa: o Caminho de Santiago (sobre o qual ainda há tanto para partilhar com vocês), muiiiita praia, noites com amigos, jantaradas, o regresso do Festival de Vilar de Mouros, lugares novos...
E este post é precisamente sobre lugares novos. Três dias na zona centro do país. Num hotel fabuloso (sobre o qual sairá brevemente outro post), experiências gastronómicas óptimas, recantos fantásticos.
Os dias estavam marcados: 22, 23 e 24 de agosto. O destino definido: Lousã. 
Guião feito com mestria pela M. que já conhecia a zona e não deixou de partilhar os melhores cantinhos comigo.

Saímos cedo de Caminha, de forma a chegar à Lousã a tempo do almoço. A viagem durou cerca de 2h30 e chegámos ao centro da cidade por volta das 12h30. No entanto, a primeira paragem obrigava-nos a andar mais 12km, onde escolhemos almoçar, no Talasnal (uma das aldeias integradas na Rede das Aldeias do Xisto). Depois de alguns percalços, aventuras, gargalhadas, curvas contra curvas, chegamos finalmente à aldeia. À chegada já estávamos cheias de fome e a sonhar com um belo almoço no restaurante da Ti Lena. 
A entrada na aldeia faz-se junto ao largo e à fonte que podem ver nas duas primeira imagens. A restante aldeia é composta por uma rua principal (estreita, com escadas) e por várias ruelas onde se podem encontrar algumas casas de turismo rural. Subimos, descemos, voltamos a subir...em busca do restaurante da Ti Lena mas dele...nem sinal. 

- Mas como é possível? As indicações dizem que é para ali! Vamos perguntar a alguém!

A sugestão era excelente e "quem tem boca vai a Roma". Pedir indicações é, sem dúvida, a melhor solução...no entanto...é preciso que haja a quem perguntar e no Talasnal não se via vivalma!!!
Sobe, desde e volta a subir em busca de vozes que se ouviam. Lá encontrámos uns trabalhadores, na pausa para o almoço e perguntámos onde era o restaurante:

- É já aqui em cima mas é segunda-feira e está fechado! Mais abaixo há um café, pode ser que tenham umas sandes!

Sandes!? Perfeito! A fome já era tanta que a ideia de comer uma sandes e beber qualquer coisa fresca soou como música para os nossos ouvidos.

Voltamos a descer pelas ruelas em busca do café. E encontrámos! A entrada dá-se por uma porta bem pequenina (tenho 1,57m e tive de me baixar para entrar) e entrámos numa casa toda em xisto e madeira, super bem cuidada e cheia de pormenores que valem a pena descobrir. 
Seguimos para a varanda que tem uma vista de cortar a respiração. Explicaram-nos que iam ter um almoço de família mas que podiam fazer umas sandes.
Não sei se foi da fome, da envolvência, do dia magnífico que estava...mas, provavelmente, foi a melhor sandes de presunto que já comi. Tivemos sorte, os que entraram depois de nós já só tiveram direito a bebidas!



















Passeio noturno pela Lousã. 
Depois de uma bela tarde na piscina do hotel, e após uma pesquisa no TripAdvisor, optámos por jantar no centro da vila, num restaurante com comidinha típica da zona. Fomos ao Casa Velha mas não tiramos uma única fotografia. No entanto, podemos afirmar com toda a convicção que os rojões com castanhas eram deliciosos!








No segundo dia, após uma manhã na piscina (sim, adorámos a piscina do hotel e passámos lá as manhãs e partes das tardes!), o destino era a Ermida de Nossa Senhora da Piedade. É lá que se localiza o restaurante Burgo, junto às piscinas naturais. Com mesa junto à janela, reservada antecipadamente, desfrutamos de um almoço digno de leões! É um restaurante típico, de comida regional e caseira. Para entradas, optámos por petiscos regionais. Bem servidas e em quantidades muito generosas! Logo de seguida, chegou o Cozido à Talasnal.... Bem...como podem ver pelas fotografias é servido dentro de um pão regional, acompanhado pelos legumes e castanhas. Ora, apesar de ser um prato de outono/inverno e ser pouco habitual comê-lo em pleno mês de agosto, com 30º, estava absolutamente delicioso! No entanto, podem optar por pratos igualmente leves: chanfana à moda da serra, carne de pouco na cataplana, cabrito... :)
Para digerir o almoço, vale a pena a pequena subida até à ermida e desfrutar da paisagem!
Na descida, e por mero acaso, encontrámos um dos recantos mais inesperados e bonitos destes dias.
Sorte a nossa que, depois de nós, não havia ninguém para tirar fotografias, o que permitiu ficar a aproveitar deste baloiço durante algum tempo!





E para tornar estes dias ainda mais gastronómicos, vale a pena a passagem pelo Café Aviz, onde jantámos neste segundo dia. Recomendamos o Bife com Molho especial e a Chanfana de Cabrito, para quem aprecia (que não é o meu caso!). Importante fazer reserva!
E para não começarem a achar que comemos que nem lontras, reservo o almoço do terceiro dia para outro post! ;)




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